sábado, 12 de março de 2011

QUIRON

Quíron   
O CURADOR FERIDO
Astronomicamente Quíron, um pequeno asteróide, com uma órbita extraordinária, foi descoberto em 01 de Novembro de 1977 pelo astrónomo americano Charles Kowal. Antes de ser definido como um cometa capturado, em 1991, era considerado um asteróide errante, longe do "rebanho" ou cinturão dos outros asteróides, um solitário rebelde, percorrendo o seu próprio caminho.

Quíron tem uma influência tanto Saturniana como Uraniana e, sua órbita entre esses dois planetas, é única e bastante especial. O seu percurso é rigorosamente excêntrico, como o de Plutão, de tal maneira que por vezes atravessa as órbitas de Saturno e de Urano. Em seu percurso instável Quíron leva aproximadamente 50 anos para completar uma revolução inclinando-se por vezes em direção a Saturno e a Urano.

NA ERA DE AQUÁRIO Quiron vem ganhando mais importância e reconhecimento por representar o papel de mediador, que cria a conexão entre Saturno e Urano. Saturno rege a construção da estrutura e dá forma a vida no plano concreto da matéria (o corpo), Urano rege os domínios do inconsciente, do etéreo, o plano mental superior (a alma).

Quiron é a ponte entre esses dois mundos, integrando corpo e alma; indicando como podemos integrar e construir a ponte que nos leva do limitado mundo da matéria, do visível e real aos ilimitados mundos do imaterial, do não visível e da transcendência.

Quiron é a sabedoria em lidar com a realidade e com o conhecimento adquiridos em beneficio próprio e do outro - a sociedade. Sabendo-se que todas as formas de vida estão interligadas em uma mesma unidade; a nossa cura está em curarmos as dores e sofrimentos dos outros.

O ensinando que Quiron oferece é a do Curador que ao aliviar o sofrimento alheio acaba descobrindo a cura de suas feridas mais profundas.

NA MITOLOGIA, Cronos (Saturno) apaixona-se loucamente pela ninfa Philyra. A sua esposa, Rhea, apanha-o em flagrante, e nisso ele transforma-se num cavalo e foge. O centauro Quíron foi o fruto desta união, uma criatura meio homem e meio cavalo. Philyra, repugnada ao ver aquela criança, pede a Zeus que a torne numa tília. Anos mais tarde, Quíron vive numa gruta no Monte Pelion, ensinando aos jovens heróis as artes marciais, a arte da caça e a música. Aquiles e Asclépios foram os mais famosos dos seus estudantes. O fim da sua história é repleto de simbolismo: Quíron é ferido acidentalmente por uma flecha envenenada pertencente ao seu amigo, Hércules. Sendo imortal, Quíron sobrevive com a sua terrível e incurável ferida. Quando Prometeus é para ser castigado, Quíron oferece-se para morrer em seu lugar. Este sacrifício da sua própria imortalidade liberta-o do seu tormento.

Seu símbolo em forma de chave faz parte da base para a sua interpretação. Quíron é uma criatura metade animal e metade humana, a figura do Centauro que combina as partes obscuras, naturais e instintivas com as racionais.

Quíron é considerado uma chave astrológica para Saturno e Urano, ele representa sabedoria, paciência e domínio sobre a obscuridade interior. Devido à sua própria ferida incurável, ele possui um profundo conhecimento sobre o sofrimento, em todas as suas formas. Quiron é o velho Sábio, um poço de sabedoria que permite aliviar e curar a dor alheia.

NA ASTROLOGIA, sua localização no Mapa por casa e signo, indica um grande potencial curativo, onde e como o individuo vivenciará as experiências que o levará a alcançar esse potencial. Uma super posição de Quiron no Mapa Natal sugere vidas onde o individuo exerceu atividade ou oficio de curador e, nesta vida, pode trazer habilidades terapêuticas e medicinais

O sofrimento, as dores, os medos, a sensação de incapacidade e impotência podem representar, na vida do individuo, uma grande energia curativa bloqueada ou não expressada de forma satisfatoriamente. A chave que Quiron oferece é transformar o conhecimento e informações adquiridas (Saturno) em ação, em cria-atividade ou cria-ação (Urano), adquirindo assim a SABEDORIA necessária que levará o individuo a transcender e irromper com limites que impôs a si mesmo, utilizando suas ferramentas em beneficio do coletivo, da Unidade e de sí mesmo.

O individuo é ele próprio o criador de seus males e, também, o curador de suas feridas mais profundas. Quiron ensina que ao ferirmos os outros também seremos afligidos do mesmo modo e ao curar os outros estaremos, na realidade, curando a nós mesmo.



bbitenco@hotmail.com

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