quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Macumba pega?


Macumba pega?
Uma das grandes polêmicas dentro do meio espiritualista é: macumba pega? Em primeiro lugar, vamos definir o que é macumba para, depois, analisar a questão sob uma ótica teísta. Afinal, para os ateus, tudo não passa de besteira.
Macumba, em si, é o nome de um instrumento musical parecido com o tambor. Logo, macumbeiro é quem toca esse instrumento. No entanto, a imensa maioria das pessoas sabe apenas que macumba é um feitiço. O próprio dicionário Houaiss possui esta versão: "em sentido lato, magia negra, feitiçaria; feitiço, despacho".
Com a chegada dos escravos ao Brasil, eles trouxeram junto consigo a religiosidade praticada na África. Por ser uma crença diferente do cristianismo praticado pela sociedade brasileira, os cultos afro passaram a ser vistos como porta de comunicação com demônios. Nisso, os senhores de engenho começam a permitir o culto aos orixás apenas se os sacerdotes (babalaôs) fizessem trabalhos para prejudicar seus desafetos. Como uma das bases da ritualística afro era justamente a utilização de instrumentos de percussão, o termo "usar macumba" passa a designar toda espécie de ritual de cunho afro-religioso.
Feitas as apresentação com o real sentido do termo macumba, vamos usar o lugar comum para responder à questão "macumba pega?", partindo de três pressupostos:
1) As energias do universo funcionam através da vibração. A física secular nos diz isso, mostrando que nenhum átomo está parado. Tudo se mexe incessantemente. Pensamentos, sentimentos, atitudes e ações geram uma vibração própria, não quantificada. Por exemplo, sabemos que o amor gera uma tipo de vibração x, enquanto o ódio gera um movimento totalmente inverso. Ainda não conseguimos medir essa movimentação, mas sabemos que elas são diferentes.
2) O funcionamento do nosso corpo produz um campo energético em nossa volta. Conhecemos esse "escudo" como aura, possuindo 7 camadas diferentes que se interpenetram. Como são feitas a partir da nossa energia, elas vibram conforme nós agimos, sem exceção.
3) Dentro da espiritualidade, ao contrário da física, semelhante atrai semelhante. Pessoas que sempre estão de bom humor, receptivas para a felicidade, atraem para sua volta homens e mulheres alegres. E o contrário funciona da mesma forma: os mal-humorados que se cuidem, pois seu os sentimentos negativos que cultivam retornam para si.
Vamos exemplificar com um trabalho (não vou explicar como fazer. Por motivos mais do que óbvios): o fulano de tal quer um cargo x dentro da sua empresa. No entanto, esse cargo está sendo ocupado pelo siclano que realiza muito bem o seu trabalho.
Vendo que não vai ter chance tão cedo, o fulano resolve procurar um mago para tirar o siclano da empresa. Esse mago vai condensar essa raiva, inveja, ódio, utilizando símbolos e elementos adequados, para multiplicar essa energia e jogá-la contra o desafeto da pessoa que pagou pelo ritual.
Para que o trabalho faça efeito, o alvo precisa estar na mesma faixa vibratória do que a energia que foi usada, portanto, começa a ser feito um trabalho de baixar o nível vibracional da pessoa com problemas no dia a dia que começam a tirar o bom humor e paz da vítima. Com isso, logo podem começar a surgir problemas em casa, no próprio trabalho ou na vida pessoal do nosso amigo siclano. Em pouco tempo, o corpo físico passa a adoecer e, por fim, perde o emprego para o fulano.
Aí vem a questão: é tão fácil assim? Deus é tão injusto que uma pessoa pode ser prejudicada sem chance de defesa? Calma, pequeno gafanhoto, óbvio que o Pai não é injusto nem é um processo fácil.
Jesus disse:"Vigiai e Orai, para não cairdes em tentação".(Mateus, 26,41)".
Quem mantém a vigília sobre seus atos diários não abre espaço para que essa energia possa agir. Concordo plenamente que é complicado estar sempre de bem com a vida (para não dizer quase impossível) mas a maneira como a gente processa as dificuldades define se podemos ser, ou não, prejudicados por uma feitiçaria. Por mais que uma pessoa tenha problemas, ela tem algumas armas nas mãos: levar a vida com bom humor; não cultivar sentimentos como ódio, rancor, raiva, inveja ou assemelhados dentro de si; buscar sempre uma solução pacífica e correta para os seus problemas e, principalmente, a oração.
Rezar, ou seja, abrir o seu coração para Deus é a defesa mais oficiente de todas. Quando oramos, a gente eleva nosso tônus vibracional, deixando para trás as energias que podem estar nos prejudicando.
Injustiça não existe. Deus não trabalha com esse conceito. Por isso, a responsabilidade sobre a "macumba pegar" é nossa, pois, de alguma forma ou outra, abrimos brechas para que essa energia possa nos prejudicar.
Claro, o mago que fez o trabalho e, principalmente, a pessoa que pagou para que ele fosse feito vão receber de volta as energias que enviaram três vezes mais forte através da lei da Causa e do efeito: como eles causaram dor, vão receber de volta dor.
Se a pessoa que foi alvo do nosso exemplo acima cultivar o bom humor, a oração e levar uma vida correta, a descarga de energia que foi direcionada para ele vai simplesmente "quicar" na sua aura e voltar para aqueles que as enviaram. A única diferença no retorno para quem quis o prejudicar é a velocidade do "pagamento".
Mais uma coisa: se a pessoa fica sabendo do trabalho e devolve a energia com outra feitiçaria, está apenas se enfraquecendo perante a espiritualidade. Vingança não um caminho acertado. Se, por um acaso você ficar sabendo de algo nesse sentido, use a máxima de Jesus: "perdoai 77 x 7 vezes". Lembre-se: enviar ódio, raiva, rancor para algúem vai trazer tudo de volta para ti o mesmo, multiplicado por 3.
Para finalizar, eu deixo a pergunta: será que macumba pega em ti?
Dica da ColunaPara entender um pouco mais sobre a Umbanda, Orixás e linha dentro dessa religiosidade, um bom caminho para começar são os livros Serões de um Preto Velho e Umbanda, Essa desconhecida, ambos do gaúchos Roger Feraudy.
No primeiro, é relatado um suposto encontro entre um homem que busca a resposta para diversas perguntas que o afligem. Ao chegar no centro de Umbanda, dá de cara com um preto-velho que mostra o caminho que ele deve seguir.
O segundo livro segue o mesmo estilo, mas alguns conceitos mostrados na primeira obra são aprofundados e explicados melhor.....♥

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